Pesquisa e edição pelo jornalista Luis Fernando Salles
Colaboração de Carolina Linhares
O esqueleto de um prédio de quatro andares e um galpão cercado de mato alto, localizados na Rua Bérgamo, em Triagem, não são as únicas lembranças que ficaram da Companhia de Transportes Coletivos, mais conhecida pela sigla CTC. Duas décadas depois da extinção da empresa, ainda resta uma folha que, até novembro do ano passado, garantia pagamentos a dez funcionários em cargos de comissão. Porém, um caso ainda mais surpreendente é o da Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro, a Riotrilhos, que operava o metrô antes da privatização. Hoje, ela segue contando com 436 servidores. Três meses atrás, eles receberam R$ 2,5 milhões em salários.
Um levantamento feito pela Secretaria estadual de Fazenda a pedido do GLOBO revela que sete empresas públicas — quatro delas, incluindo a CTC, em processo de liquidação há mais de 20 anos — e sete de sociedade de economia mista mantêm 2.678 funcionários. Trata-se de um grupo com vencimentos mensais que chegam a R$ 15.501.236,05. Em um ano, incluindo o 13º salário, os gastos com pessoal dessas companhias passam de R$ 200 milhões.
Fonte: O Globo
