Pesquisa e edição:jornalista Luis Fernando Salles
O Ministério Público Federal – MPF em Goiás apontou que o ex-presidente da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias (empresa estatal ferroviária ligada ao Ministério dos Transportes) José Francisco das Neves, conhecido como Juquinha das Neves, recebeu propina mesmo após ser afastado do cargo, em 2011. Ele deixou a companhia após denúncias de irregularidades nas obras da Ferrovia Norte-Sul.
A constatação foi apresentada após a deflagração da Operação “O Recebedor”, que apura indícios de pagamento de propina, formação de cartel e superfaturamento em obras de ferrovias. O caso começou a ser investigado após acordo de leniência firmado pela construtora Camargo Corrêa. O rombo entre os anos de 2006 e 2011, período em que Juquinha comandou a Valec, foi, somente em Goiás, de cerca de R$ 630 milhões.
Segundo o procurador da República, Hélio Telho, a empreiteira que delatou o esquema revelou que, mesmo longe da direção da estatal, Juquinha seguia recebendo propina. Havia, conforme o relato, “negociações” para que ele pudesse voltar e manter o acordo.
“Havia uma movimentação junto ao governo federal na tentativa de reintegrá-lo ao cargo. Ele tinha um operador, um assessor que continuou na presidência da Valec. Diante desse quadro, a Camargo Corrêa disse que continuou pagando a propina mesmo depois do afastamento dele”, destaca.
A operação da PF é um desdobramento da Operação Lava Jato. Segundo a Polícia Federal, que coordenou as ações, foram cumpridos sete mandados de condução coercitiva e 44 de busca e apreensão em seis estados e no Distrito Federal.
Telho revelou ainda que, na ação, pediu a prisão dos envolvidos, mas que a Justiça negou e concedeu apenas as requisições para a realização de condução coercitiva.
Além de Juquinha, outras cinco pessoas prestaram depoimento na sede da PF. Entre elas, estão a mulher de Juquinha, Marivone Ferreira das Neves, o filho de dele, Jader das Neves, e um advogado, ainda não identificado.
A investigação apontou, ainda, que Juquinha das Neves, a quem a Camargo Corrêa afirmou ter pago R$ 800 mil em propina. O procurador da República Hélio Telho explicou que, para fazer o pagamento da quantia, a construtora utilizava falsos contratos com a Elccon Engenharia, Evolução Tecnologia e com o escritório de advocacia Heli Dourado, que fazia a defesa de Juquinha.
Fonte: G1

ESPEREMOS QUE AGORA, SEJA FEITO JUSTIÇA, COM A PUNIÇÃO DESTA CORJA QUE ASSALTOU A VALEC.
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Espero que esta “roubalheira” institucionalizada chegue ao fim num futuro próximo.
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