Por Luiz Octavio da Silva Oliveira, presidente da  AFPF.

Esse é o nosso entendimento, após ouvir o que disse o Secretário de Investimentos do Governo Temer, Moreira Franco, por ocasião da renovação dos contratos de concessão dos portos de Paranaguá e Salvador por mais 25 anos (esse pacote de bondades faz sentido, pois, afinal de contas, o Natal está ai!).

O secretário foi muito “FRANCO” ao dizer textualmente à Voz do Brasil de 16/11, que “num país da extensão do nosso, A FERROVIA JAMAIS SERÁ O MODAL EM QUE AS PESSOAS SE MOVIMENTARÃO PELO BRASIL, mas ela é indispensável e fundamental para mobilidade da produção agrícola”.

Apelidado nos anos 1980 pelo então Governador Leonel Brizola de Gato Angorá, a repugnância desse felino aos trens de passageiros deve ser, possivelmente, por conta de ter sido escaldado pelo vapor de alguma Maria-fumaça há muito tempo atrás. E, certamente, nunca deve ter viajado de trem ou ouvido falar dos milhares trens de passageiros que circulam pela Rússia, China, Canadá e EUA, para citar apenas países de grandes dimensões territoriais onde os trens de carga e passageiros convivem de forma harmoniosa. O Brasil deve ser o único País no mundo onde os planejadores de plantão projetam ferrovias somente para cargas. Basta conferir no Programa de Logística em Infraestrutura Ferroviária (PIL/2012 e PIL/2015), onde todos os projetos de EF’s são para cargas, pois, afinal de contas, carga não reclama! Enquanto isso, nossas estradas vão matando um Vietnam por ano. É com essa visão canhestra que o governo federal quer atrair investidores para assumir projetos ferroviários empacados?

Persignemo-nos: Cruz em Credo três vezes! Trens e Natal sempre formaram uma combinação perfeita, tocando no universo lúdico da garotada AFPF – Associação Fluminense de Preservação Ferroviária Dezembro 2016.

Fonte: AFPF fundada em 30/04/1999 por Luiz Octavio da Silva Oliveira Presidente quadriênio 2015/2018.