Viviane Bevilacqua – Diário Catarinense
O número de pessoas com mais de 60 anos no mercado de trabalho vem aumentando nos últimos anos. Eu já tinha percebido isso no dia a dia. Peguei um elevador num prédio comercial e chamou minha atenção o ascensorista. Ele devia ter quase 70 anos. Muito simpático, disse já estar aposentado, mas queria complementar a renda e gostava de se manter ocupado. Além disso, trabalhando no elevador tem a oportunidade de conhecer muita gente e conversar, o que, pelo jeito, ele adora. No mercado, quem embalou minhas compras foi outro senhor, de idade semelhante. E na feira a senhora que me vendeu biscoitos ontem trabalha ao lado da neta, cinco dias por semana, feliz da vida.
No futuro, idosos trabalhando será muito normal, já que a idade para a aposentadoria deverá mudar, e o benefício só será concedido para quem estiver perto da sétima década de vida. Até agora, porém, encontrar tantos “grisalhos” ainda na ativa me parece um fenômeno novo no Brasil. Muitos continuam exercendo alguma atividade remunerada porque precisam do dinheiro para reforçar o orçamento, mas o bacana é que vem aumentando também o número de pessoas com mais de 60 anos que trabalha por prazer, e não por necessidade.
A cientista social Margareth Watanabe diz que a extensão da juventude e o adiamento da velhice impactaram muito o mercado de trabalho nas últimas décadas, e justificam, pelo menos em parte, a tendência observada de ampliação da vida produtiva remunerada dos idosos. É importante observar, diz ela, que a maioria dos idosos que continua trabalhando não exerceram trabalhos braçais, mais extenuantes, quando jovens, e, em geral, encontram-se em melhores condições de saúde, facilitando o trabalho fora de casa.
Watanabe ressalta, porém, que para a real e satisfatória reinserção dos idosos no mercado de trabalho, é necessária uma mudança de atitude em relação às pessoas mais velhas. É imperioso que empregadores, tanto privados como públicos, aprendam a ver os trabalhadores mais velhos como um ativo real, evitando qualquer tipo de discriminação, além de ajustar as condições e horas de exercício de suas atividades, conclui.

Bom dia!
Peço a Deus o privilégio de poder trabalhar até os 90 anos! É apenas um pedido, está nas mãos do Senhor.
Meus melhores professores tinham mais de 60 anos. Sou melhor atendido em todos o lugares por: frentistas de postos de gasolina, médicos, atendentes de farmácia, pedreiros, professores, policiais, juízes, garis, dono do boteco da esquina, e a característica principal e que os une é, maiores de 60 anos.
Tento explicar: a idade trás experiências, conhecemos o outro, sabemos de suas expectativas, de suas necessidades, já não temos pressa, somos diligentes sem açodar, o humano maduro, tem coração calejado e normalmente olha para o semelhante com misericórdia e compaixão. Bem vindos IDOSOS, não velhos, mas idosos experientes e cheios de energia para contribuir com nossa desumanizada sociedade! Fica a sugestão do vídeo do Filósofo Mario Sérgio Cortella: https://www.youtube.com/watch?v=HbagK3dVpQo
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Hellem
A sua narrativa nos traz à reflexão do quanto é importante saber viver quando a idade nos chega. Com ela a experiência adquirida, no passar dos anos, nos faz compreender melhor os trancos da humanidade. Assim, nos proporciona a oportunidade de aplicar a experiência adquirida e ajudar a consertar aquilo que a modernidade transforma através dos meios que dispõe.
Assisti o vídeo que você encaminhou. Gostei muito e levo a sugestão aos nossos leitores que vale a pena assistí-lo como um todo.
Obrigado por sua participação
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