Por Fernando João Abelha
Está em pleno andamento a Olimpíada do Rio. Neste momento, se considerada a propaganda de alguns anos atrás, o Brasil seria outro. Iriamos sediar a Copa do Mundo, a Olímpiada Rio 2016 e, o que é mais importante, estaríamos preparados para ganhar a medalha de um país desenvolvido.
Na realidade, a Copa do Mundo foi um fiasco, o desenvolvimento do País está cambaleante e a Olímpiada caminha ainda prometedora. A esperança é que o brasileiro sempre mostra, apesar de tudo, ser capaz de fazer o melhor. A cerimônia de abertura da Olimpíada foi de arrepiar, digna de medalha de ouro. Encantou o mundo. Fez mais com menos. Tudo do que precisamos hoje para voltarmos a ser grandes, deixar o mundo com inveja e devolver a alegria aos nossos compatriotas.
É importante recordar que a promessa, há cerca de dois anos, era de que os dois eventos globais do esporte seriam a coroação de um processo de salto no estágio do desenvolvimento brasileiro. A realidade de hoje, porém, é que retrocedemos, perdemos a oportunidade que nos foi concedida. Temos vários exemplos de que na conjuntura que o País foi mergulhado, o nosso desenvolvimento não merece nem uma medalha de bronze. País em recessão, saúde falida, insegurança pública, classe política em descrédito, desemprego elevado e rombo nas contas públicas.
Segundo registros na imprensa, “o retrato fiel deste processo que coloca em dúvida nosso futuro, é o salto quase duplo do déficit da Previdência. Vai pular de R$ 85,8 bilhões para quase R$ 150 bilhões neste ano”. Um recorde horroroso, que o país corre o risco de seguir batendo.
Se nada for feito, os gastos da Previdência do setor privado vão explodir. “Passarão de 7,92% para 17,04% do PIB em 2060”. Aí, o futuro de nossos atletas, que buscam medalhas no Rio, e de todos os brasileiros será mais do que incerto e duvidoso.
Hoje, o cenário já é assustador. Das despesas com seguridade social no ano passado, “75% bancaram benefícios previdenciários públicos e privados. A saúde do brasileiro ficou apenas com 14%”. Como o rombo da Previdência Social só faz subir, a conta não vai fechar.
Principal articulador da reforma da Previdência, Eliseu Padilha (Casa Civil) alerta: “Se tudo ficar como está, o remédio vai chegar com o paciente morto.” E acrescentou:”Sem verba para educação e saúde, seremos, certamente, merecedores de uma medalha de latão.”
Fontes: Assprevisite, Folhapress. Internet.
