Recebemos do ferroviário Luiz Otavio da Silva Oliveira o exemplar n° 154 do periódico ” Informativo AFPF ”  editado pela Associação Fluminense de Preservação Ferroviária – AFPF. Transrevemos abaixo editorial que foca importante comentário sobre o transporte de massa ferroviário do Estado do Rio de Janeiro.

Editorial  Ferrovias e Olimpíadas

“Sem dúvida alguma, as Olimpíadas/2016 deixarão um bom legado para o Rio de Janeiro, sobretudo quanto à melhoria na mobilidade urbana: novas linhas de BRT’s, Linha 4 do Metrô, o VLT caRIOca, reforma de seis estações da Supervia, Porto Maravilha e outros. Contudo, quanto ao transporte de passageiros sobre trilhos (e barcas), pouco foi feito, sobretudo se levarmos em conta estudos recentes que apontam que o Brasil perde mais de R$ 160 bilhões/ano (equivalente a 2,83% do PIB nacional) com a morosidade do trânsito rodoviário e suas nefastas implicações: desperdício de combustível fóssil e perda de tempo produtivo, por conta de engarrafamentos, poluição, além das perdas humanas e materiais por conta dos acidentes.

Por conta disso, vamos continuar a conviver com os seguintes recordes não Olímpicos:

  • A cada ano morre mais gente no trânsito do que em toda Guerra do Vietnã (58 mil/8 anos);
  • A promessa de 11 mil km de novas ferrovias do PILF- Programa de Investimentos em Logística Ferroviária do Gov. Federal está “PILFado”;
  • O transporte de passageiros, em média e longa distância, nunca foi considerado no PILF;
  • Somos recordistas mundiais na destruição do Patrimônio Ferroviário do Povo Brasileiro;
  • Dos 28 mil Km de ferrovias concessionadas em 1996, somente 1/3 (~10 mil km) – está em efetiva operação. O restante (antigos trechos ferroviários) está sendo desmontado sem interferência das “otoridades” (e alegria dos sucateiros).”

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    VLT circulando pela Avenida Rio Branco entre a a rodoviária Novo Rio e o aeroporto Santos Dummont