A Rumo Logística, fruto da fusão com a ALL, levantou R$ 2,6 bilhões por meio de uma oferta primária de ações com esforços restritos de colocação. Desse total, cerca de R$ 1,1 bilhão foi captado no mercado de capitais, sendo 65% a fatia dos investidores estrangeiros. A diferença veio dos sócios, que já tinham se comprometido com a operação – Cosan Logística colocou cerca de R$ 750 milhões, Júlia Dora Arduini, R$ 100 milhões, Eminence Capital, R$ 240 milhões, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pelo menos R$ 160 milhões.

Trata-se da primeira oferta da Rumo Logística de ações no ano que atraiu recursos no mercado. O sucesso da oferta de ações da Rumo, avalia Jean Pierre Dupui, vice-presidente de Global Corporate Banking (GCB) do Santander Brasil, líder da oferta, é uma sinalização de que há apetite do investidor estrangeiro por boas histórias. “Não dá para dizer que o mercado se abriu, mas a demanda seletiva existe”, disse.

A capitalização da Rumo é parte de um plano que envolveu ainda uma renegociação de dívida com os seus principais bancos credores: Santander, Bradesco BBI, Itaú BBA, Banco do Brasil e HSBC. A empresa, que encerrou o ano com uma dívida bruta de R$ 8,6 bilhões, conseguiu o alongamento de cerca de R$ 3 bilhões para um prazo de sete anos, com três anos de carência.

Fonte: Valor Econômico