Colaboração do ferroviário e jornalista Luiz Carlos Vaz
Enquanto está nas redes sociais um abaixo assinado no site https://secure.avaaz.org/…/Queremos_a_volta_dos_trens_de_… circula, também, entre os ferroviários brasileiros a integra da portaria do Ministério dos Transportes, publicada no DOU, de 8 de janeiro corrente, com a conclusão dos trabalhos da inventariança da extinta Rede Ferroviária Federal. Para mim, que acompanhei esse processo desde os seus primórdios, há muita coisa mal contada na história da desestatização da RFFSA. Como é que uma empresa que chegou a se igualar aos Correios e à Petrobrás (antes, é claro, de se tornar pública a roubalheira na nossa estatal petrolífera), em matéria de eficiência administrativa, de repente torna-se execrada pelo governo por deficitária e muitos outros qualificativos desairosos, dentre outros, o de ser má administrada.
Mas, como poderia ser má administrada se podia ser comparada às duas maiores estatais do país? A RFFSA até poderia não apresentar bons desempenhos financeiros, mas poucos sabem que a empresa era obrigada pelo governo a buscar a mercadoria onde quer que seus trilhos alcançassem, para que todos os produtores pudessem ser atendidos, o que já não ocorre hoje, quando o transporte é seletivo. A ferrovia era o instrumento que o governo tinha para regular os preços dos fretes. Sem a RFFSA, que era sua, fica a ver navios…
Dentre os absurdos que caracterizam o nosso Brasil, está a falta de trilhos. Os países mais evoluídos, onde seus governantes levam a sério a coisa pública, são cortados por ferrovias em todos os pontos cardeais.
Por que o Ministério Público Federal não começa a procurar algumas “cositas” nessa nebulosa desestatização da RFFSA, feita contra vontade do povo e decidida por meia dúzia, num verdadeiro crime lesa-pátria?

Concordo plenamente. É necessário uma investigação. Quem ficou com os bônus da privatização ainda estão vivos. Esse é o momento!
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Obrigado. Vamos em frente…
Fernando Abelha
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